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Álvaro Vasconcelos
Opositor do Estado Novo e da guerra colonial portuguesa, Álvaro Vasconcelos viveu no exílio na Bélgica e em França (1967 – 1974). Regressou a Portugal depois do 25 de Abril, onde participou no processo de transição democrática.
Fundador do Forum Demos.
Colabora regularmente com os órgãos de Comunicação Social na imprensa (Público, Diário de Notícias e Expresso), rádio e televisão (RTP, Porto Canal, SIC).
O seu livro mais recente, Memórias em Tempo de Amnésia Vol. II – Exílio sem saudade é a afirmação do dever de memória sobre a brutalidade e a miséria do Portugal da ditadura patriarcal e do império. Tem como objetivo lembrar os que se revoltaram em nome da liberdade, num tempo em que a Europa democrática era terra de asilo e de solidariedade antifascista.
Cronologia
1953-1967
Fez a escola primária e o liceu na cidade da Beira, Moçambique, e estudou na Universidade de Witwatersrand, na África do Sul
1967-1974
Viveu no exílio em Bruxelas e Paris, onde fundou o jornal “O Salto”
1980-2007
Fundou e foi diretor do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa (IEEI)
2007-2012
Foi diretor do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia/EUISS, em Paris
Crítica
David Pontes
Diretor do PÚBLICO
“O sentimento é de inveja porque não há nada como as coisas que são recentes, que são novas, que são frescas, e perpassa em todo o livro, nos episódios, o gozo pleno daquilo que era a liberdade”
Valter Hugo Mãe
Autor
“O que está em causa nestes dois volumes é uma intervenção para os dias de hoje. É o uso da memória como um esclarecimento para o que se está a passar agora.”
Margarida Calafate Ribeiro
CES – Univ. Coimbra
“é um epitáfio ao Império Português (…) na sua construção, parece-me, como diria Garrett, na sua vaidade, um livro um pouco “inclassificável”, dentro do ensaísmo português”
Sheila Khan
CECS –Univ. Minho
“Refutando as armadilhas da nostalgia, Álvaro Vasconcelos oferece uma riquíssima reflexão de cidadania e de consciência histórica perante as gerações futuras (…) para compreender que África está no mundo, como o mundo está em África.“
Vítor Barros
IHC – Univ. NOVA Lisboa
“O que Álvaro mostra no livro é o que é que a micro-história individual das nossas famílias pode trazer-nos: inferências sobre aquilo que é a história coletiva do colonialismo e do Império.”
Ana Cristina Pereira/ Kitty Furtado
CECS – Univ. Minho
“Temos uma responsabilidade de evitar ao máximo que sejam apagadas memórias importantes (…) para as gerações futuras, porque foi um tempo…foi o fim do Império e o início de muitas novas nações.”
Rita Chaves
FFLCH – Univ. de São Paulo
“(…) quando vemos um percurso cheio de peripécias, dizemos sempre “Daria um romance”. Não, não daria. (…) O romance reivindica a verosimilhança. (…) a história colonial, ela é inverosímil. Ela é verdadeira, mas ela é implausível.”
Danny Wambire
Autor moçambicano
“Este livro permite que essa geração [ nascida depois da independência de Moçambique] se aproprie da sua história, e é uma história que não é contada apenas pelos vencedores (…) Álvaro Vasconcelos trabalha a memória coletiva, a história que é contada pelo povo”